Por Altamiro Borges
O vídeo acima confirma que o tucano Marconi Perillo começa a ser
abandonado pelo seu próprio partido. Constrangido, o líder do PSDB no Senado,
Alvaro Dias, não gostou do que ouviu na tarde de hoje do empresário Walter
Santiago na CPI do Cachoeira sobre a venda da mansão do governador goiano por
R$ 1,4 milhão. “Nós temos que questionar o governador”, fustigou o senador
paranaense.
Contradições sobre o caixa dois
O tucano até tentou despistar. Disse que o depoimento do empresário “não
complica nem descomplica” a situação de Perillo. Mas logo fez questão de livrar
sua cara. Disse que o governador deve explicações ao partido. “Depois desse
questionamento é que nós saberemos se complica mais ou se descomplica”. Ele
também reconheceu que há “contradições em relação à existência de caixa dois ou
não”.
Acuado, o líder do PSDB ainda tentou salvar a abalada imagem oposição de
direita, que sofre com as revelações do envolvimento de líderes demotucanos com
a quadrilha de Carlinhos Cachoeira. “Há aqueles que querem transformar a CPI na
CPI do Marconi Perillo. Mas esse é um detalhe apenas das investigações que
estão sendo realizadas”, esquivou-se Alvaro Dias.
O baque da direita nativa
Para ele, a máfia de Cachoeira é “um amplo e sofisticado esquema de
corrupção que envolve agentes públicos e privados... Não podemos ficar
focalizando apenas um item desse esquema. Temos que ampliar. Estamos aguardando
as informações sigilosas das movimentações financeiras... Temos que ouvir o governador.
O de Goiás, o de Brasília e um outro governador, o do Rio de Janeiro”.
Tudo bem! É preciso investigar todos os envolvidos nesta cachoeira de
corrupção. Mas até agora, de concreto, tudo aponta para o ex-demo Demóstenes
Torres e para o tucano Marconi Perillo. Dos outros não há nada, ainda, que
comprove atos ilícitos. Neste sentido, até agora a CPI representa um duro golpe
nos falsos paladinos da ética da direita nativa. Alvaro Dias já sentiu o baque!
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