sexta-feira, 8 de junho de 2012

Augusto Nunes e a “honra” do PSDB

Por Altamiro Borges, no seu Blog

Augusto Nunes, o blogueiro da Veja que ama FHC e detesta Lula, não gostou nadinha do anúncio nesta semana do apoio do PR à candidatura de José Serra para a prefeitura de São Paulo. Na sua curiosa lógica, a aliança do tucano com a sigla de Valdemar Costa Neto atinge a “honra” do PSDB. Indignado, ele soltou os cachorros – não estou me referindo ao outro colunista da Veja:



“O PR é mais que uma quadrilha expulsa do Ministério dos Transportes graças às denúncias da imprensa independente (sic). É o atual codinome do bando que, disfarçado de PL, ajudou a fundar o mensalão em meados de 2002”. Augusto Nunes, que não escondeu o seu apoio a José Serra nas eleições presidenciais de 2010, parece preocupado com os reflexos negativos desta nova aliança.


"Em troca de 1 minuto e meio na TV"

“Em troca de 1 minuto e meio na TV, o PSDB andará de mãos dadas com o senador Alfredo Nascimento, despejado do Ministério dos Transportes por corrupção, fingir que o deputado Tiririca é intelectual desde bebê e, pior, amancebar-se com Valdemar Costa Neto, vulgo Boy. Hoje deputado federal e secretário-geral do PR, Boy é um prontuário ambulante de alta periculosidade”.

Para o jornalista da Veja, a aliança de Serra com o PR pode prejudicar o próprio julgamento do mensalão. Serra tenderia a retificar o discurso de campanha. “Costa estará no banco dos réus, e não convém melindrar um parceiro de palanque. Por 1 minuto e meio no horário eleitoral,  os tucanos paulistas se proibiram de transformar em trunfo político o mais vistoso desfile de larápios já transmitido ao vivo pela TV”.

Medo dos reflexos eleitorais

Daí a sua magoada conclusão: “Para o PSDB paulista, a honra agora vale menos que 90 segundos na TV”. Estranho! Por que o indignado blogueiro da Veja nunca se indignou com a presença do PR em vários governos tucanos? Por que Augusto Nunes nunca criticou as alianças do PSDB com o DEM, bem menos ético do que o PR? O medo é da aliança ou dos reflexos eleitorais em outubro?


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