sexta-feira, 1 de julho de 2011

Por Franco
Eq. Fatos e versões


No dia em que a presidente Dilma Rousseff completa seis meses no cargo, o candidato derrotado José Serra, após longa reflexão, reuniu o PSDB em Brasília para apresentar seu julgamento: o governo foi condenado.
Para surpresa de ninguém, Serra apareceu na reunião com um envelope na mão direita e uma cara de quem chega ao velório, ao lado do governador paulista Geraldo Alckmin.
Entre outros mimos, Serra qualifica o governo Dilma como "incompetente" e "autoritário", segundo apurou a "Folha", ao contrário do que vêm dizendo outros líderes tucanos, como Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, que têm elogiado o desempenho da presidente.
Por isso mesmo, seu documento nem foi divulgado após a primeira reunião do Conselho Político do PSDB, uma gazua que o partido arranjou para colocá-lo em alguma presidência _ ele sempre quis ser presidente _ depois de ser derrotado nas últimas eleições internas tucanas pelo grupo do senador Aécio Neves.
"O governo não tem um rumo claro ainda", proclamou à saída da reunião, como se ele e seu partido tivessem em algum momento apresentado um rumo claríssimo para o país.
Participaram do convescote de Serra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os governadores Geraldo Alckmin e Marconi Perillo e o presidente reeleito do partido Sergio Guerra.
O único ausente foi Aécio Neves, que se recupera do acidente da queda de cavalo. Foi este o motivo alegado para manter em sigilo a "análise" de Serra. O documento, segundo Guerra, precisa ser aprovado pelo ex-governador mineiro antes de ser divulgado, como se isto não pudesse já ter sido feito via e-mail ou telefone.
FHC levou tudo na brincasdeira. Primeiro, não quis comentar nada; depois, disse "eu sigo o Serra" e, por último, mangou com os repórteres: "Vocês querem que eu fale mal da minha presidente?".
Ainda não foi desta vez que José Serra voltou às manchetes.
Fonte: Balaio do Kostcho

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