Por James Akel
O manifesto assinado pelo deputado tucano Orlando Morando (foto), em nome dos deputados estaduais tucanos, foi de um atrevimento e deselegância contra os quatro tucanos que estão há seis meses trabalhando suas candidaturas.
Aníbal, Matarazzo, Trípoli e Covas, podem não ser os candidatos dos sonhos, mas eram os candidatos naturais e batalhadores de suas candidaturas depois que se estabeleceu que haveria a prévia para escolha de um candidato das eleições deste ano.
No momento que se estabeleceu esta prévia, o motivo era exatamente abrir espaço para os políticos que desejassem participar, tudo no mais elevado trabalho da democracia.
E por mais críticas que se possam fazer a estes quatro candidatos, nenhum deles tem os 33% de rejeição que mostrou o Data Folha quanto ao nome de José, o Serra.
Tanto Aníbal, Matarazzo, Trípoli ou Covas, qualquer dos nomes, teria tempo de televisão e condições de enfrentar os adversários.
E agora, num ato autofágico, aparece um deputado, Orlando Morando, assinando manifesto público em nome de uma bancada, pedindo que José, o Serra, seja o candidato, muito antes da existência das prévias que deveriam acontecer em março.
Ora, se o manifesto fosse democrático e respeitasse os quatro concorrentes, deveria pedir que José Serra participasse das prévias e disputasse com os outros o direito da disputa.
Pior que o PT, que nem aceitou ter prévias e decidiu tudo a mando de Lula, é o PSDB que, depois de decretar as prévias, quer derrubá-las na véspera, num verdadeiro Ato Institucional número 5 do comando tucano.
Se José Serra não quer prévias que o façam vencer os outros candidatos, ele não pode esperar que as alas representativas do PSDB colaborem com ele nas eleições.
Aliás, ele nem deve ter o menor interesse nessa colaboração, pois ele acredita que não precisa de ninguém pra vencer as eleições, assim do mesmo jeito que acreditava quando enfrentou a atual presidente Dilma.
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