Por Rodrigo Cavalcante
Protesto contra represão em favor da Maconha |
O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal Raymundo Damasceno, reacendeu a polêmica sobre eventos em defesa da maconha e afirmou ontem que a sociedade deveria organizar marchas contra a droga.
Na última quarta-feira, o STF (Supremo Tribunal Federal) liberou a realização de atos pró-maconha pelo país.
"A Igreja se opõe a qualquer tipo de droga, a não ser em casos terapêuticos", disse. "Não sabemos como os pais e mães que lidam com o problema vão receber isso [a decisão do STF]", completou, em seguida.
Para o religioso, a sociedade deve ficar "atenta" e não deve se deixar levar pela posição de "alguns".
"Não queremos jovens anestesiados", criticou.
TRATAMENTO
O cardeal ponderou que o dependente de drogas não deve ser criminalizado e deve sempre receber apoio para tratamento.
"A Igreja Católica vem oferecendo diversas alternativas para aqueles que precisam, como centros especializados para dependentes."
A Igreja deverá participar mais do debate sobre as drogas daqui para a frente. A Campanha da Fraternidade deste ano terá foco na saúde pública e, no próximo ano, o tema será a juventude.
A CNBB já havia se voltado para a questão das drogas em 2001, com a campanha "Vida sim, drogas não".
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