segunda-feira, 20 de junho de 2011

Jovem diz não se lembrar de detalhes de ataque em boate de SP

Por Rodrigo Cavalcante
Eq. fatos e Versões


A estudante de 20 anos que acusa um bombeiro civil de tê-la estuprado dentro da boate Kiss & Fly, em São Paulo, disse à polícia não se lembrar nem mesmo como chegou ao ambulatório, dado seu grau de embriaguez.

"[Ela] Se recorda que estava na pista dançado e, de repente, estava no ambulatório", diz no depoimento.

Ambiente da casa noturna Kiss and Fly, que fica dentro da loja de luxo Daslu, em SP
Ambiente da boate Kiss & Fly, dentro da Villa Daslu, em SP
O suspeito do crime, Luciano Ferreira, 32, foi preso horas depois do ocorrido, por volta das 5h de anteontem. Ele diz ter mantido relações com a garota, mas alega ter sido um ato consensual.
Ferreira foi preso por estupro de vulnerável porque, para o delegado, a vítima não tinha condições de discernir o que estava acontecendo. Procurada, a família do bombeiro não quis comentar o caso nem indicou qual advogado irá defendê-lo.
A moça não se lembrou, por exemplo, que antes de chegar ao ambulatório foi encontrada por uma segurança da boate passando mal no banheiro feminino da casa.
Essa parte da história é relatada à polícia pelo chefe de segurança da boate, William Fragnan. Segundo ele, quando a segurança levava a jovem para ambulatório, o bombeiro surgiu para ajudar.
Ferreira teria, então, pego a estudante no colo para carregá-la ao atendimento.
Ainda segundo versão da vítima, ela percebeu a presença do bombeiro quando ele passava as suas "partes íntimas" na cabeça dela. Mas que "não conseguia ter discernimento do que estava acontecendo", tentava mas não conseguia entender.
Ela afirma que vomitou em razão da bebida e, nesse momento, foi levada para um banheiro por Ferreira.
Lá, ainda segundo a vítima, ele trancou a porta e a violentou. A estudante disse que chegou a indagar o que teria ocorrido, ao perceber sua calça arriada, e que ouviu de Ferreira que "não tinha acontecido nada".
A Kiss and Fly fica dentro da Villa Daslu. A casa não explicou por que o bombeiro permaneceu sozinho com a cliente no ambulatório. E, ainda, se no local não existem funcionários ligados à área da saúde.
Em nota, a empresa disse que "nunca aconteceu nada parecido na casa, que conta com uma equipe completa e experiente de segurança" e que fará todas as mudanças necessárias para melhorar sua segurança do local.

Fonte: Folha online

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