Defesa do São Paulo busca melhora psicológica para se reencontrar

Por Rodrico cavalcante
Eq. Fatos e vesões

Como é possível a melhor defesa do Campeonato Brasileiro, com um gol sofrido nos cinco primeiros jogos, sofrer sete nas duas últimas partidas? Xandão, que aos 23 anos passa a ser um dos zagueiros mais experientes do elenco, não sabe explicar. O que pode comprovar o principal problema detectado por Paulo César Carpegiani para a pane são-paulina: o fator psicológico.

"Tivemos derrotas muito ruins. Precisamos sair desta situação no aspecto psicológico para buscar os resultados", apontou o técnico, que vê até avitória por 2 a 0 do Botafogo na quarta-feira, no Morumbi, como consequência do maior baque do time neste Brasileiro até então: os 5 a 0 impostos pelo Corinthians no último domingo.
As reações ao histórico tropeço no clássico ainda atingem Xandão, que agora só tem Rhodolfo, de 24 anos, como zagueiro mais velho que ele no clube. "É complicado achar uma explicação. De repente, uma defesa considerada a melhor do campeonato toma cinco gols em um clássico e depois perde em casa", relata o defensor, logo concordando com o chefe.
"O jogo contra o Corinthians é difícil de tentar explicar. Foi desastroso, uma catástrofe, ninguém imaginava. Não conseguimos nos recuperar a tempo para a reabilitação contra o Botafogo. O fator psicológico pode ter pesado bastante", apontou Xandão.
O principal alento na esperança da retomada da retaguarda tricolor é o retorno de Xandão, fora desde a segunda rodada por conta de um estiramento muscular na coxa esquerda. Além dele, os volantes Wellington e Carlinhos Paraíba, suspensos contra o Botafogo, também devem entrar em campo na próxima quarta-feira, contra o Engenhão.
Novidades que injetam otimismo em Xandão. "É difícil um time conseguir emplacar cinco vitórias consecutivas. Mas é mais difícil ainda perder cinco vezes seguidas, ainda mais em um clube do tamanho do São Paulo. Em breve, vamos voltar a ter os resultados a nosso favor", apostou o zagueiro.