DOCUMENTO DA EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS RELATA ENCONTRO COM O JORNALISTA, EM QUE ELE CRITICA O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO E FAZ PREVISÕES SOBRE A ELEIÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Nos documentos da embaixada americana, vazados pelo Wikileaks, desponta mais um jornalista de renome. É Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo. Numa conversa de 2006, quando Aldo Rebelo, novo ministro dos Esportes, era cotado para presidir a Câmara dos Deputados, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana. Falou, sobretudo, sobre o Tribunal de Contas da União. E detonou o TCU.
O jornalista da Folha disse que o tribunal segue orientação partidária, faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente senadores ou deputados federais que não lograram êxito na reeleição e são escolhidos por seus colegas para uma batalha partidária em outro foro – o que não deixa de ser verdade. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães.
De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que teve como oponentes Arlindo Chinaglia, do PT, e Aldo Rebelo, do PCdoB. Rodrigues disse que, se Aldo perdesse, ganharia como prêmio de consolação o Ministério da Defesa. Detalhe: Aldo não ganhou, perdeu para Arlindo e não foi para o Ministério da Defesa.
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