sexta-feira, 13 de julho de 2012

Paparazzo deixa Pedro Bial sem graça no segundo Na Moral


do R7

O tema do dia era invasão de privacidade 

Muitos debates. A Globo parece estar num momento de colocar as pessoas para falar, como dá para notar nos novos programas da Fátima Bernardes e Pedro Bial. Ambos são meio chatinhos, mas com certa predominância para o Encontro. Na Moral é mais descontraído, leve e divertido, mas também dá suas derrapadas, como bem falou o jornalista Daniel Castro.

Mas aqui o assunto é outro e específico da segunda edição doNa Moral que foi ao ar nesta quinta-feira (12). O assunto era a invasão de privacidade da vida moderna com câmeras para todos os lados e paparazzi. Foi então que Bial chamou ao palco Felipe Panfili, dono de uma dessas agências que fotografam famosos. O apresentador começou a conversar com o fotógrafo/empresário num tom inquisitório, até com uma certa ironia. Dando a entender que fotografar famosos não é lá algo exatamente digno, que é ganhar dinheiro com a privacidade alheia e tal. E o rapaz lá, tentando se defender.

O que veio a seguir foi bem engraçado e deu até vergonha. Primeiro que o ator Pedro Cardoso, convidado do Na Moral, já meio que desmontou o discurso de Bial dizendo que há, por traz dos paparazzi, um empresário que paga para ter as fotos. É um dono de revista, ou site etc. E aí veio a facada no coração.

O fotógrafo/empresário, ainda tentando mostrar que o que faz não é algo errado, soltou essa: contou que seu maior empregador são veículos de comunicação da própria Globo. Veja o que disse o empresário Felipe Panfili
- O pricipal site que compra fotos é da TV Globo. A principal revista que compra é da Globo. E aí?
Depois dessa, Bial não conseguiu esconder que ficou sem graça. Pediu para a atriz Dira Paes falar alguma coisa e encerrou a atração logo depois.

Ficou aquele climão.


Bola da vez, Wilder diz não ter gratidão por Cachoeira



Brasil 247 - Wilder Morais (DEM-GO), suplente do ex-senador cassado Demóstenes Torres, disse ontem no microbolg Twitter que conversa gravada pela Operação Monte Carlo entre ele e Carlinhos Cachoeira está fora de contexto. No grampo, o contraventor diz ter indicado o empresário para a suplência de Demóstenes.
"Áudio exibido pela imprensa mostrando Carlos Cachoeira dizendo q me indicou a suplente e secretário é fragmento de uma conversa...", alega Wilder, na primeira de quatro mensagens. Em seguida, afirma que ele e o contraventor discutiam "sobre questões de foro íntimo, que resultou na separação da esposa". Andressa Mendonça, atual mulher de Cachoeira, foi casada com Wilder por seis anos.
Na conversa grampeada, Cachoeira sustenta ter sido ele a iniciar Wilder na vida política:
– Fui eu que te pus na suplência, essa secretaria, fui eu. Você sabe muito bem disso.
Wilder dá a entender que concorda:
– Carlinhos, deixa eu te falar um negócio procê. Pensa um cara que nunca teria, enfim, encontrado um governo, que nunca teria sido bosta nenhuma, cara. Você tá falando com esse cara.
No Twitter, Wilder afirma, no terceiro post, que "ao contrário do que vem sendo divulgado, meu real propósito não foi mostrar gratidão, mas pôr fim a uma conversa constrangedora." E conclui: "Se a íntegra da conversa fosse divulgada, a interpretação dos fatos certamente seria outra."
O grampo caiu como uma bomba no Senado, segundo notícia do jornal O Popular, de Goiânia. “O fato de ter sido indicado para a suplência pelo Cachoeira é uma suspeição evidente. Não acho justo prejulgar, mas os fatos falam mais alto. Na hora que você toma posse, se submete à luz do sol. Se você tiver razão, não derrete”, disse ao jornal o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
O líder do PT, Walter Pinheiro (BA), também diz a O Popular que Wilder poderá ter de se explicar no Conselho de Ética: “Nossa obrigação é colher explicações na CPI ou no Conselho de Ética, se necessário for. Além dele ter a obrigação de dar uma explicação ao eleitorado de Goiás, ele tem a responsabilidade com o Brasil”.
Explicações
Antes de incursão de Wilder pelo Twitter, o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que iria cobrar explicações do empresário. Maia quer que o futuro novo colega esclareça também denúncia de que omitiu bens em suas declarações ao Tribunal Superior Eleitoral e à Receita Federal. Sobre esse episódio, Wilder argumenta que os empreendimentos citados, dois shoppings centers, pertencem ao Grupo Orca, onde é um dos cotistas: "Isso consta em minha prestação de contas", disse pelo Twitter.
O grupo Orca possui shopping centers em Goiânia, Anápolis, Valparaíso de Goiás, Uberaba e Medellín, na Colômbia.
O pedido de explicações do presidente do Democratas acontece depois de noticias veiculadas na imprensa goiana dando conta de que Wilder não estaria disposto a seguir à risca as orientações do partido. Atualmente secretário de Infra Estrutura do Governo de Goiás, o empresário teria encomendado estudos jurídicos sobre a possibilidade de filiar-se ao PSD sem correr o risco de perder o mandato de senador.
Wilder não teria interesse em confrontar a base de apoio ao governo federal no Senado. O empresário tem relações com todas as forças políticas em Goiás. Ele foi um importante doador para a campanha de Pedro Wilson (PT) a prefeito de Goiânia, em 2004. Wilson é ao atual Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente.


Em Tempo
Atualizado às 11:05



De surpresa, suplente de Demóstenes Torres toma posse no Senado

De acordo com a Folha de São Paulo,  Suplente do ex-senador Demóstenes Torres, Wilder Pedro de Morais (DEM-GO) tomou posse nesta sexta-feira (13) no Senado para assumir o mandato deixado vago com a cassação do ex-líder do DEM. Ele chegou de surpresa, surpreendendo inclusive os três senadores que estavam na Casa, e a cerimônia de posse durou menos de cinco minutos.

Pouco antes de tomar posse, telefonou para integrantes da Mesa Diretora do Senado comunicando que estava em Brasília e queria ser empossado. Entrou no plenário esvaziado no início da sessão desta sexta-feira e foi empossado como senador por Ciro Nogueira (PP-PI), que estava ocupando a presidência do Senado.

"Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do país, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil", disse em um rápido juramento de posse.

A estratégia de Wilder permitiu que o novo senador fugisse do cerco da imprensa, uma vez que assume o mandato sob a suspeita de ter sido indicado para a suplência de Demóstenes pelo empresário Carlos Cachoeira. Logo depois de ser empossado, deixou o Senado discretamente.

O novo senador tinha até 60 dias para tomar posse, mas assumiu o cargo 24 horas depois da cassação de Demóstenes ser publicada no "Diário Oficial" do Senado. Wilder terá seis anos e meio de mandato, o que restava para ser concluído pelo ex-senador.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

PT começa bem caminhada para o sucesso nas urnas em outubro


Por José Dirceu

Informações que nos chegam de todo o país indicam que começamos bem a corrida eleitoral este ano. O PT, com candidatos próprios a prefeito, ou apoiando coligado nomes de outras legendas, desponta na liderança da disputa já em um bom número de capitais e cidades.

O fato é animador, um incentivo à campanha, mas também uma razão para cautela, uma vez que em nenhum município programamos chegar já neste início de campanha aos primeiros lugares. Queremos e saberemos crescer aos poucos, para obter a vitória no pleito do dia 7 de outubro e o PT confirmar sua condição de maior e mais votado partido do país.


Para vocês terem uma ideia e um exemplo, exponho a situação em Belo Horizonte. Com menos de uma semana (a se completar amanhã) de campanha, na 1ª pesquisa feita após o lançamento de seu nome, nosso candidato a prefeito na capital mineira Patrus Ananias (PT-PMDB-PDT-PCdoB-PSD) já está em posição de empate técnico com o prefeito Márcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição.

Empate técnico na pesquisa induzida e na espontânea

Em BH, pesquisa divulgada nesta 4ª feira (ontem), feita pelo Instituto EMData dá 34% da preferência do eleitorado para Lacerda e 29% para Patrus. Como ela tem margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, configura-se o empate técnico entre os dois: o atual prefeito teria entre 30% e 38% e o nosso candidato, entre 25% e 34%.

Um dado importante em qualquer pesquisa, o índice de rejeição favorece também o Patrus. Pelo levantamento, o prefeito Márcio tem uma rejeição de 32%, oito pontos acima da registrada pelo candidato petista, de 24%. E na pesquisa espontânea - sem apresentação de nomes de candidatos ao eleitor - Márcio tem 13% e Patrus 12%.

Pelo que acompanho e as informações que nos chegam, é boa, também, a ascensão gradativa de nosso candidato a prefeito do Recife, senador Humberto Costa (PT-PE). E ótima a evolução do quadro eleitoral na região do ABCD, histórica para nós por ser o berço de fundação do PT e onde mora um dos nossos mais entusiasmados cabos eleitorais, o ex-presidente Lula, em São Bernardo do Campo.

A liderança do PT na região do ABCD paulista


Concluída a fase de registro das candidaturas e colocada a campanha nas ruas - desde a 6ª feira passada, prazo estabelecido pela justiça eleitoral - constata-se que o PT é o partido com o maior número de candidatos às câmaras municipais nesta área da Grande São Paulo.

Ao todo, são 224 candidatos a vereador nas sete cidades do chamado ABCD, sendo que São Bernardo desponta como a detentora do maior número de postulantes: 51 petistas tentarão integrar sua Câmara Municipal pelos próximos quatro anos. Os dois outros partidos mais próximos, o PV concorre com 171 e o PSDB com 166 candidatos em toda a região.

Depois de São Bernardo a maior chapa de vereadores do PT está em Santo André, com 41 candidatos. Para Wanderlei Salatiel, presidente do PT de São Bernardo, o número de candidatos reflete a qualidade da atual administração do prefeito Luiz Marinho (PT), postulante à reeleição.

“O PT tem se fortalecido ao longo dos últimos anos e isso impacta no número de candidatos. Outro fator importante é a qualidade do governo. Se a administração é boa, acaba influenciando também”, explica Salatiel.


E ainda restam 19 Demóstenes no Senado



Bastavam 41, mas foram 56 votos a favor da cassação do mandato do senador Demóstenes Torres, eleito pelo DEM de Goiás. Agora só resta descobrir quem foram os 19 senadores que votaram contra a cassação. Ou seja, acharam que ele era inocente e não fez nada de errado nas suas relaçoes especiais com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Cinco outros ficaram na dúvida e se abstiveram de votar, beneficiando o denunciado. Só um, Cloris Fecury (DEM-MA), faltou à sessão.
Embora o voto seja secreto, gostaria muito de saber quem são, o que pensam e o que levou quase um quarto dos nossos representantes no Senado Federal a votar pela manutenção do mandato de Demóstenes Torres, depois de tudo o que foi investigado e provado contra ele pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Devem pensar e agir como ele. Restaram, portanto, 19 outros Demóstenes.
Ao ouvir a bem fundamentada acusação feita pelo relator da comissão de ética, Humberto Costa (PT-PE), e os argumentos usados nos discursos dos senadores que se manifestaram na tribuna, todos a favor da cassação e em defesa da credibilidade da instituição, fiquei me perguntando: como Demóstenes conseguiu enganar os jornalistas e seus colegas parlamentares por tanto tempo, desde que assumiu seu primeiro mandato em 2003?
Entre muitas outras, este episódio nos ensinou uma singela lição: os advogados, por melhores e mais caros que sejam, não podem tudo. Quatro meses após o escândalo estourar, graças a um tal de rádio Nextel descoberto pela Polícia Federal, Demóstenes foi cassado e Carlinhos Cachoeira continua preso. Não fosse isso, e Demóstenes continuaria pontificando no Senado até 2018.
Já no desespero, sabendo que nem mesmo Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay, seria capaz de salvá-lo, Demóstenes tomou o lugar do advogado na tribuna para fazer a sua própria defesa. Depois de  aparentar a humildade dos injustiçados e perseguidos, partiu para o ataque contra o relator Humberto Costa, querendo provar que são todos iguais.
Demóstenes não soube cair de pé. No final do seu discurso, foi duas vezes ingrato. Primeiro rifou o parceiro Carlinhos Cachoeira e depois se queixou da imprensa _ justamente as duas entidades que tanto o ajudaram a se tornar o paladino da ética, o maior e o último dos homens públicos honestos na República.
Foram três horas que vão ficar na história das nossas instituições democráticas. O Senado Federal lavou a alma e a sociedade brasileira ressuscitou por alguns instantes velhas esperanças de um dia poder viver num Brasil mais decente e mais justo.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

A importância do carisma na TV


Por Leila Cordeiro, no Direto da Redação
Carisma é a palavra de ordem hoje na TV brasileira. E isso aconteceu a partir da nova empreitada da Globo ao trocar as apresentadoras do Jornal Nacional, entregando à substituída a difícil missão de tentar resgatar a audiência das manhãs globais. Não deu certo, pelo menos até agora. E Fátima Bernardes, que trocou os altos índices de audiência do horário nobre por minguados pontinhos matinais, vive seu inferno astral televisivo.
A questão que se coloca hoje é a seguinte: se o programa da Fátima não consegue decolar de quem é a culpa? Da produção ou da apresentadora? Para a mídia e o povão que comenta abaixo das colunas especializadas, a culpa é da falta de carisma da apresentadora.
Mas, espera aí. Como é que se mede o nível “carismático” de uma pessoa? Como é que, de repente, uma profissional, que agradava tanto atrás da bancada do telejornal, amarga agora um alto índice de rejeição por não ter carisma suficiente para fazer algo diferente do que fez durante anos?
Por causa dessa polêmica do carisma é que programas de humor tem deitado e rolado na sopa, ou seja, tem achincalhado profissionais em suas fragilidades, como fez Rafinha Bastos em seu último programa na Rede TV!, versão brasileira, do Saturday Night Live, apresentado na NBC americana.
Em nome do humor e das gracinhas, algumas bem grosseiras, Rafinha expôs a apresentadora da Globo ao ridículo, fazendo esquetes com a pretensa falta de carisma dela, usando o deboche como tom em cada “brincadeira” envolvendo o tendão de aquiles de Fátima, a baixa audiência do programa que está sendo atribuída à sua falta de carisma.
E o que seria essa qualidade tão poderosa que está mexendo com a audiência de uma TV como a Globo, que até então não conhecia tão baixos índices em suas manhãs? Como passar a ter carisma suficiente para levantar a audiência de um programa? O que precisa ser feito para alguém conquistar o tão almejado e valorizado status de carismático?
É bom explicar que estou voltando a este assunto, apenas porque todos os dias lemos nos sites e jornais do país que a apresentadora não consegue decolar e conquistar o público que a aplaudia no passado. E como tudo isso está mexendo com os números até então privilegiados da maior emissora do país, não posso deixar de comentar novamente o fenômeno.
Bem, dentro desse pensamento, levando em conta que o carisma de uma pessoa pode mover montanhas, vamos ver quem seria o profissional mais carismático da TV brasileira.
Num primeiro momento me veio à mente o nome de Silvio Santos que, apesar de seus palpites e comentários inconvenientes, como o de ter revelado o baixo salário de 4 mil reais que seu neto vai ganhar como ator da Globo, continua agradando ao seu público. Seria isso o verdadeiro carisma? A capacidade de agradar na telinha incondicionalmente a quem o assiste?
Começo a achar que o carisma é algo que nasce com as pessoas. Não adianta querer colocar ouro em cima, se o brilho não aparece. Não adianta cercar alguém de todo um aparato tecnológico, dar a ela a oportunidade e a liberdade de criar, quando o que diz não emociona, não convence.
Penso que o carisma de alguém está exatamente em sua capacidade de se mostrar verdadeiramente como é, como ser humano e pessoa comum, preocupando-se menos em representar na telinha um papel que não é seu. Talvez esteja aí a deficiência de Fátima
Por isso, deveriam aconselhar a apresentadora a dedicar alguns minutos de seu domingo para assistir ao SBT, despindo-se do chique global e para aprender com a vasta experiência de Silvio como é possível ficar tantas décadas no ar, com toda aquela mesmice e o bordão eterno: “Silvio Santos vem aí!!!!!!”
Carisma, fazer o quê?

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Patrus elogia Tancredo e critica o neto Aécio


Minas 247 - A candidatura do ex-ministro Patrus Ananias à Prefeitura de Belo Horizonte, decida na última hora pelo PT, contará com o apoio em peso da militância petista, esquecida nos últimos anos. No lançamento da campanha, um grupo de filiados espremia-se na sede do PT municipal, no bairro de Lourdes. Eles assistiram aos discursos do próprio Patrus, do presidente nacional do PT, de apoiadores em outros partidos. Também não tentaram esconder o que pensavam, manifestando-se através de gritos de guerra, aplausos efusivos e vaias.
“O Patrus voltou” era o grito mais comum dos militantes que compareceram ao evento. Além do candidato registrado na própria quinta no TRE mineiro, o mais festejado era o vice-prefeito Roberto Carvalho. Sempre que seu nome era citado em algum discurso, os aplausos eram fortes. A militância petista credita a Carvalho a responsabilidade pelo lançamento da candidatura própria do partido, contra a ideia inicial de apoio à reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB). O vice-prefeito, brigado com Lacerda desde o ano passado, é presidente do PT de BH, que reuniu-se no sábado passado e optou pelo rompimento com o PSB e o lançamento da candidatura de Carvalho - que, depois, abriu mão para apoiar Patrus.
O candidato do PT estava visivelmente emocionado. Em seu discurso, lembrou a união das correntes do partido - algo raro na história recente do PT da capital mineira - e não poupou de críticas o senador tucano Aécio Neves, principal apoiador do seu adversário. “O avô é maior do que o neto”, disse Patrus, fazendo referência ao ex-governador mineiro Tancredo Neves e a Aécio Neves. “E Tancredo é PMDB, é MDB histórico, que está conosco, e não com a candidatura do neto.”
Já é possível perceber que o PT e a frente que apoia Patrus tentará levar a campanha para tons mais políticos, tentando passar a imagem de uma disputa entre esquerda e direita - o adversário Lacerda, logicamente, faria parte da “direita”, sob a ótica do PT.
É o que mostrou também o discurso do presidente nacional do PT, Rui Falcão, presente ao ato em BH. “No dia do rompimento (sábado), recebi no celular um torpedo do Lacerda justificando que o acordo não seria possível porque o PSDB não aceitava as condições do PT”, disse Falcão. “Mas nós não tínhamos trato com os tucanos, tínhamos um acordo com o PSB, que nos traiu. E em política a gente não esquece uma traição.”
Roberto Carvalho, confirmado como coordenador geral da campanha, foi obrigado em certo momento a intervir, pedindo aos manifestantes que não vaiassem ninguém. Elas foram direcionadas ao presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, e ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel - ambos eram os maiores defensores da aliança com Lacerda e, no sábado, chegaram a comparecer à convenção do PSB. “O momento agora não é para vaias. Agora, é união”, disse Carvalho.
O próprio Patrus tentou desfazer qualquer atrito com o grupo ligado a Pimentel. “Todos sabem das divergências que tive com o Pimentel”, disse o candidato petista. “Mas agora isso acabou, o Pimentel teve um papel importantíssimo para trazer o PMDB e outros aliados para nossa frente.”
Veio do PMDB a maior supresa do ato petista. O deputado federal Leonardo Quintão, ligado ao governador Aécio Neves, fez um discurso inflamado. “Hoje é dia de descanso”, disse Quintão, que retirou sua candidatura, lançada pelos peemedebistas também no sábado, para apoiar o PT. “As a partir de amanhã (sexta-feira) é trabalhar 24 horas por dia pela vitória.”


Aécio acusa o golpe



por Rudá Ricci, no de Esquerda em Esquerda 

O senador Aécio Neves acusou o golpe. Reclamou do que denomina de interferência da Presidente Dilma Rousseff na disputa eleitoral em Belo Horizonte. Estranhíssimo já que o governador Antonio Anastasia adotou expediente idêntico ao do Palácio do Planalto. Ambos utilizaram o peso da máquina administrativa para atrair aliados às chapas que defendem nas eleições de outubro. Não parece republicano, mas usaram este "instrumento político".

Obviamente que o peso da máquina federal é maior que a estadual. A intervenção federal atraiu, ontem, o apoio do PDT, PCdoB, PSD e PRB para a chapa de Patrus Ananias. O PSD oscilou durante toda a manhã de quinta-feira.
O senador Aécio Neves tergiversou ao criticar a ação federal. Disse que não compõe a lógica da política mineira. Algo absolutamente sem nexo. Os partidos brasileiros são nacionais. Na República Velha tinham esta conotação regional. O senador mineiro sabe disto. Portanto, joga para a platéia.

O jogo ficou muito apertado, para ambas as partes. Uma campanha que parecia tranquila, com eleição certa de Marcio Lacerda, reposicionou todo quadro eleitoral e partidário. Lacerda e Aécio são os principais responsáveis por esta mudança (responsabilidade maior do prefeito, como venho argumentando neste blog). Talvez, tenham calculado errado, apressadamente. Não esperavam uma recomposição tão rápida dos petistas.
Agora, a eleição em Belo Horizonte revelou o alinhamento partidário que deve ocorrer em 2014. Não existe mais esconde-esconde para o eleitor e para a grande imprensa.

Daí o discurso da vitimização. Chutou o adversário e caiu no chão, simulando que foi a vítima. Não me lembro de discurso similar do senador. Um discurso frágil, defensivo, que não estimula nem seus apoiadores. No mais, revelou que a disputa será muito mais pesada do que se imaginava há uma semana atrás